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A mostrar mensagens de setembro, 2018

Textos da Tânia | Carta

Bailarina, sei que estamos um pouco afastados, por isso pedi que a Matilde te entregasse esta carta, é uma carta de despedida. É um pouco cliché escrever uma carta, mas como dizia um heterónimo de Pessoa "Cartas de amor não seriam cartas de amor se não fossem ridículas" . Esta carta é uma prova de que eu tenho aprendido a perceber – e aceitar – tudo o que eu sinto por ti, a perceber que vou sentir a tua falta, de ver como os teus olhos brilham, de te ver dormir e fingir estar a dormir quando te mexes com medo que me vejas a velar o teu sono, de ter o teu cheiro entranhado na minha pele e na minha roupa, das nossas loucuras, dos teus beijos, de quando te agarras a mim após noites de filmes de terror, do teu sorriso – o teu sorriso é o melhor do meu dia – de ver ainda que de forma discreta o amor que tens à Clarinha e quão as duas se amam. Já tinhas conquistado toda a família, eu incluído embora eu me negasse a aceitar, ao longos destes meses conseguiste conquistar-me de uma

Setembro...

Setembro. Mês nove. Mês de recomeços. Mês de luto. Setembro, setembro porque chegaste? Chegaste e trazes contigo o final do verão (ou o final do inverno depende do hemisfério).  Setembro, meu rico setembro... Não me leves a mal mas preferia que não tivesses vindo.